segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CIDADES HISTÓRICAS DE MINAS

“...E eu caminho, caminho, caminho sobres as pedras desses diferentes caminhos… Caminhos dos Inconfidentes, Caminhos de Ouro Preto – que hoje -, são também meus caminhos!” (Pedras de Ouro Preto – trecho da poesia de Carlos Diamantino Alkmim) Conhecer as cidades históricas de Minas é pura poesia. Poesia registrada pelas máquinas fotográficas e pelos olhares atentos dos nossos estudantes das sétimas séries que aceitaram o desafio de embarcarem no trem da História do nosso Brasil. Poesia que aguçou os sentidos dos nossos estudantes ao percorrerem as trilhas deixadas pelas obras do gênio Aleijadinho, ao se aventurarem na descida até as Minas da Passagem e ao esculpirem suas próprias obras na oficina de pedra sabão, ministrada pelo mestre Diniz. A aventura continua seguindo os trilhos da Maria Fumaça de Mariana à Ouro Preto, onde nossos estudantes puderam saborear a maravilhosa culinária mineira, além de percorrerem os caminhos de pedras até as Igrejas de Nª Sra. do Pilar e São Francisco de Assis, a Praça Tiradentes, e os principais museus de Ouro Preto, lugares fantásticos que ficarão para sempre na memória de todos que participaram desta saída pedagógica promovida pelo Colégio Marista Champagnat. Após visitarem tantos lugares poéticos, nossos estudantes ainda foram surpreendidos com a visita ao Museu de Arte Contemporânea de Inhotim - MG, lugar encantador que integra meio ambiente e arte, de forma instigante e desafiadora. Pela janela do ônibus nos despedimos das montanhas Gerais esperando que outros caminhos nos levem a lugares tão fascinantes quanto às cidades históricas de Minas.

sábado, 27 de outubro de 2012

PEDRAS DE OURO PRETO

Volto a caminhar sobre as pedras, Pedras de Ouro Preto. Pedras sólidas estendidas aos meus pés Que contam histórias a cada passo, Histórias de Liberdades que ainda tardiam. Em quantas pedras pisei e pisarei por aqui? Quantas lembranças ficaram Em minha mente sobre essas pedras frias/quentes? Como sinto a presença do horizonte, o Pico do Itacolomi, Também pedra! Pedras de outros caminhos nos quais meus pensamentos também caminham… Caminhos azul-neblina do céu! Nas janelas abertas como a olhar o tempo, Eu sobre as pedras olho meu tempo nas imagens do herói Tiradentes – edificado em pedra. Assim caminho noite e dia, e ouço sinos, Gargalhadas de estudantes, de turistas distantes, de religiosos, de forasteiros, de bêbados malabaristas, de operários, padres, freiras, de artistas, de gente daqui que diz bom dia! Também, nesses encontros de pedras, assisto ao bailar das asas dos pequenos pássaros ao deixarem seus ninhos, ao bicarem o néctar das flores, Sou flores, sou poesia dos caminhos… Encontro até teias de aranhas que entrelaçam galhos verdes do lado de lá dos muros de pedras, estendidas nos quitais verdes, Como a alinhavar as linhas daqueles tempos… Cores e movimentos que pousam como um milagre no meu olhar de sonhos… E volto a olhar entre pedras as crianças que correm, que caem entre pedras lisas, traiçoeiras, pontiagudas… Mas que se levantam em sorrisos… Sou esperança, sou também criança no caminhar. Sou todo silêncio! E desperto nos cantos dos corais que me encantam, que me emocionam na fé dos altares de ouro. E no leve vento que sopra da serra navega o apito do trem: O Maria-Fumaça que já vai… que já vem… que já vai…que já vem…que já vai… que já vem… Uma fumaça branca dança rumo às nuvens na viagem do trem. Um outro apito: o trem que vai…o trem que vem… E na grande praça coberta de pedras, os soldados marcham, a banda toca dobrados, as bandeiras tremulam suas ideologias, suas paixões, e as vozes se unem no protesto… no aplauso… Enquanto as autoridades sobre pedras, como pedestais, se agraciam com medalhas que reluzem ao sol do meio-dia… Pronunciamentos ecoam no levar dos ventos a edificar outras histórias na grande praça de pedras! E eu caminho, caminho, Caminho sobres as pedras desses diferentes caminhos… Caminhos dos Inconfidentes, Caminhos de Ouro Preto – que hoje -, são também meus caminhos! (Pedras de Ouro Preto – trecho da poesia de Carlos Diamantino Alkmim) *Poema editado no livro “Outros Tempos, Outras Letras”

domingo, 7 de outubro de 2012

O CASAMENTO (JoãoBatista Armani)

O ser humano é uma criatura sociável que necessita do convívio com outros seres para desenvolver-se e por em prática os ensinamentos adquiridos numa permuta constante de experiências, e isso é feito em sociedade. A sociedade como a conhecemos é composta de várias outras sociedades menores que são as famílias. Uma sociedade sadia só existe com famílias sadias. E as famílias principiam no casamento. O resultado natural do amor entre pessoas de sexos diferentes é o casamento, quando se tem por meta o relacionamento sexual e afetivo, geradores da família e do companheirismo. No princípio da relação afetiva o amor-paixão é muito forte suplantando os demais. À medida que o tempo passa, vai perdendo a sua força embora permaneça. É quando surge então o amor-companheirismo, aquele amor que se alegra com a alegria do outro, que fica feliz com a felicidade do outro, onde nos sentimos bem em privar da sua presença, é quando fazemos o bem sem esperarmos retribuição. No futuro, restará apenas o amor-companheirismo que se chamará então Amor Universal. O casamento representa um alto estágio de evolução do ser, quando se reveste de respeito e consideração pelo cônjuge, firmando-se na fidelidade e nos compromissos da camaradagem, independente do tempo de duração deste casamento. Para o espiritismo o casamento se concretiza pelo compromisso moral dos cônjuges e é assumido perante o altar da consciência no Templo do Universo. Naturalmente, o casamento civil é um dever a ser cumprido pelos espíritas, porque legitima a união perante as leis vigentes, que asseguram ao homem e à mulher direitos e deveres. Casar é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos cônjuges. Allan Kardec já compreendia que a família era um importante reduto para o aprimoramento dos seres, pois reúne ali o ambiente propício para o aconchego, refúgio, ensinamentos básicos para a vida e tantos outros... Questiona então o Espírito da Verdade na pergunta 697 em o Livro dos Espíritos: “Está na lei da Natureza, ou somente na lei humana, a indissolubilidade absoluta do casamento? É uma lei humana muito contrária à da Natureza. Mas os homens podem modificar suas leis; só as da Natureza são imutáveis.” Poder-se-ia dizer então que o espiritismo não é contrário às separações, mas avançando nas pesquisas, em o ESE Cap. 22, item 3, Jesus disse “Não separeis os homens na terra o que Deus uniu nos céus”. A primeira vista parece que uma afirmativa é contrária a outra. Deus une os seres na sua forma mais pura, ou seja pelo sentimento - de coração para coração - a esta união ninguém deve interferir, por ciúmes ou inveja. Quando vemos um casal feliz, desejamos para nós aquela felicidade, e isso é natural. Então para conseguir isso, acreditamos que necessitamos nos relacionar com aquela pessoa. Assim desejamos para nosso cônjuge uma daquelas pessoas. A harmonia existe porque aquelas almas se completam, qualquer uma delas com outra pessoa, a harmonia já não seria a mesma, e a felicidade teria uma intensidade menor. Precisamos entender que para termos a felicidade semelhante a outro casal, não é necessário destruirmos a união do casal, mas tão somente atingir o mesmo nível de harmonização. Àquele casal que já não acalenta mais sentimentos um pelo outro, manter este convívio em casos extremos, pode acarretar males maiores, a separação verdadeira já ocorreu em seus sentimentos, a separação de corpos não será mais que uma oficialização para a sociedade. Na visão Espírita o Casamento pode ser entendido conforme qualificação a seguir: Casual – Primeiro encontro de duas criaturas. Dessa espécie de casamento tem o casal conseguido levar uma satisfatória relação conjugal. Outros casais não se adaptando e não suportando as desavenças, separam-se. Sem dúvida em próxima vida terrena, reencontram-se para uma reconciliação. Provatório - Reencontro de espíritos de diferentes graus de adiantamento espiritual, que no passado desentenderam-se, por isso, voltam a encarnar para superar as provas a que forem submetidos, e progredirem. Expiatório - Em vidas anteriores marido e mulher erraram muito. Reencarnam em novo lar, para corrigir os erros co¬metidos. E um casamento de resgate. Sacrificial - União de um espírito um tanto evoluído com outro menos evoluído com o fim de auxiliá-lo a progredir. Afins - Espíritos evoluídos com sentimentos elevados, que se amam verdadeiramente. Corações afetuosos, juntos com objetivos supremos para, aliados adiantarem-se espiritualmente. Não sabemos em qual categoria nos achamos, mas não existe o acaso, ninguém se acha sob o mesmo teto por mera casualidade. “Deus permite, nas famílias, encarnações de espíritos antipáticos ou estranhos com o duplo fim de servir de prova a uns e de avanço aos outros. Os bons tem campo de trabalho. Os maus se melhoram pouco a pouco com os cuidados que recebem; seu caráter se modifica, os hábitos se melhoram, as antipatias desaparecem. Enquanto, marido e mulher não forem “curados” moralmente, as discórdias conjugais reinarão soberanas, os espíritos trevosos facilmente atuarão com perversidade, separando casais, prejudicando os filhos já desorientados e mal educados. Há a propósito, a história daquele fazendeiro que dizia viver um casamento muito feliz, opinião que certamente não era compartilhada por sua esposa, porquanto ele era um impenitente e truculento machista. Dizia ele é tudo uma questão de começar bem: Quando casamos, após a festança, montei no meu cavalo, botei minha mulher na garupa e partimos em lua-de-mel faceiros. Em dado momento o animal tropeçou e eu disse: - Primeira vez. Continuamos. Mais algumas centenas de metros e o cavalo voltou a tropeçar. Segunda vez - disse eu. Pouco depois, o mesmo problema. Terceira vez. Ato contínuo, desmontei juntamente com minha mulher, passei a mão na espingarda e dei um tiro na cabeça do animal, matando-o. Ela ficou perplexa. O que é isso?! Matar o pobre cavalo, apenas porque tropeçou três vezes! Você é um desalmado, um criminoso!... Enquanto ela extravasava sua indignação eu a olhava muito sério, no fundo de seus olhos. Então, falei forte: Primeira vez! E nunca mais tivemos problemas com discussões. O Espiritismo tem uma grande contribuição em favor da estabilidade matrimonial, mostrando-nos que, a par dos imperativos da Natureza, defrontamo-nos, no casamento, com o desafio da convivência, que faz parte de nosso aprendizado como espíritos eternos. Além da eliminação das “arestas” produzidas pela nossa própria inferioridade, a vida em família é, também, um ponto de referência que nos ajuda a manter o contato com a realidade. As pessoas de nosso convívio apontam nossas falhas, ajudando-nos a corrigirmos os desvios de conduta. Só o amor-paixão, o amor-impulso sexual, é instantâneo. O amor de verdade, o amor-sentimento, é um projeto para a vida toda, e para vingar e frutificar, pede empenho diligente de duas pessoas que podem ter algumas afinidades mas, essencialmente, são diferentes, em múltiplos aspectos - biológico, psicológico, cultural, intelectual, emocional, etc. Os cônjuges, em sua grande parte, não percebem que na associação conjugal, uma alma não se funde a outra; assim, permanecerá cada qual com seus gostos e seus desgostos, caminho afora. Casar quer dizer adaptar-se ou ajustar-se. Casar é ter os mesmos ideais, as mesmas preocupações, os mesmos sentimentos e as mesmas aspirações. Se não há esse entendimento e a convivência vai mal os cônjuges responsáveis, que pensam nos filhos, concordam que é preciso tentar salvar o casamento. Recorrem, então, à religião, aos psicólogos, aos amigos, aos conselheiros matrimoniais. É preciso praticar a caridade no lar para salvar o casamento. A meditação, a oração em conjunto, a procura do bem em toda parte, auxiliarão a paz no lar. Poderíamos defini-la como uma ginástica diária, onde os principais exercícios são: perdão, tolerância, atenção, respeito e renúncia. O perdão é o treino da compreensão. Se procurarmos compreender o familiar, sem o vinagre da crítica, identificaremos em seus momentos menos felizes a simples exteriorização de conflitos íntimos em que se debate, e não nos magoaremos. A tolerância é o treino da aceitação. Cada ser humano está numa faixa de evolução. Não podemos exigir mais do que tem para dar. E ninguém é intrinsecamente mau. E preciso lembrar ainda, que as pessoas tendem a comportar-se da maneira como as vemos. Estar sempre apontando defeitos é a melhor maneira de fazê-los crescer. Identificar pequenas virtudes é uma forma de desenvolvê-las. A atenção é o treino do diálogo. Quando os componentes de uma família perdem o gosto pela conversa, a afetividade logo deixa o lar. É preciso saber ouvir, dar atenção ao que dizem os familiares e, principalmente, reconhecer que nos momentos de divergência eles podem estar com a razão. O respeito é o treino da educação. É grande o número de lares onde as pessoas discutem, brigam, xingam-se e até se agridem, gerando uma atmosfera psíquica irrespirável que torna todos nervosos e infelizes. O problema é falta de auto-educação, a disciplina das emoções, reconhecendo que sem respeito pelos outros caímos na agressividade. A renúncia é o treino da doação. Há algo de fundamental para nós, sem o que nossa alma definha. Chama-se amor! Quantos lares estariam ajustados e felizes; quantas separações jamais seriam cogitadas, se num relacionamento familiar, pais e filhos, marido e mulher, irmãos e irmãs transmitissem carinho com mais freqüência, àqueles que habitam sob o mesmo teto: “Sabe, eu gosto de você!” Há muitas maneiras de dizer isso: um bilhete singelo, a lembrança de uma data, o elogio sincero, o reconhecimento de um benefício, a saudação alegre, a brincadeira amiga, o prato mais caprichado, o diálogo fraterno, o toque carinhoso... Tudo isso diz, na eloqüência do gesto, que gostamos do familiar. Não há nada mais importante em favor da harmonia doméstica. Para tanto é preciso que aprendamos a renunciar. Renunciar à imposição agressiva de nossos desejos; renunciar às reclamações e cobranças ácidas; renunciar às críticas ferinas; renunciar ao mutismo e a cara amarrada quando nos contrariam... Renunciar, enfim, a nós mesmos, vendo naqueles aos quais a sabedoria divina colocou em nosso caminho a gloriosa oportunidade de trabalhar com Deus na edificação dos corações, e recebermos em nosso lar o salário da paz. Com semelhantes exercícios em torno da caridade descobriremos no lar afinidades novas, motivações renovadas, afetos insuspeitados, a garantirem uma vida familiar saudável e feliz. O lar é o laboratório de experiências nobres em busca de avanços morais e espirituais, onde os seres se depuram em preparo para realizações mais elevadas nos Domínios do Criador. Treinamos na família menor habilitando-nos para o serviço à família maior que constituí a Humanidade inteira. Emmanuel nos diz: A felicidade existe sim, porém, para usufruí-la no Outro Mundo, precisamos aqui na Terra admitir “que ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade alheia no caminho que avança”. São José 05/05/2002 Bibliografia: • Um Jeito de Ser Feliz – Richard Simonetti. • Aprendendo Sempre – Jobel Sampaio Cardoso. • Vereda familiar – Thereza de Brito (José Raul Teixeira). • Amor Imbatível Amor – Joanna de Ângelis (Divaldo Pereira Franco).

domingo, 30 de setembro de 2012

ESCOLA

Vem e agradece a Deus a mão piedosa e santa Que, ao fulgor deste altar, te ilumina e consola Aqui, pulsa, imortal, o coração da Escola, Em cuja glória humilde a terra se levanta. Vem e agradece a Deus a salvadora esmola, Dessa fonte de luz que jorra, vibra e canta, Na vitória do bem que se eleva e agiganta Sobre as ruínas do mal em que a treva se isola. Aqui, é o ninho excelso, entre o Lar e a Oficina. Entre e louva a lição que desce cristalina, Do amor que vem do Céu, alto, puro e fecundo... A escola que te educa sustenta a subida E o templo em que o Senhor nos enaltece a vida, Exaltando a beleza e a redenção do mundo. OLAVO BILAC

terça-feira, 11 de setembro de 2012

TUDO UM DIA ACABA (Gabito Nunes)

Meu relacionamento mais íntimo e verdadeiro é com meu tênis. E mesmo assim, nunca é duradouro. Somos parceiros até o fim, até que ele se esfole e desintegre feito pó. Nosso amor é sujo e o laço não foi amarrado para durar. Sem lamentos sertanejos, ele cumpriu sua missão, tudo um dia acaba. Eu não meço esforços para o melhor companheiro. O tênis é o meu cachorro de rua. Eu adoro correr. É quando me sinto dentro da minha pele, é quando tenho certeza que minha alma não vai explodir e sair flutuando de mim, para longe do meu braço dolorido de tanto esticar. A respiração de cada passo sanfona meu espírito, que encolhe e incha, mantendo tudo sob controle, o mais absoluto equilíbrio. De todos os vícios que eu tenho – fumo, café, comida, sexo – é o único que me faz tão bem. Correr, sentir o suor salpicando meu rosto, a dopamina transitando, a camiseta empapada, o som quieto da ação patelar dos joelhos, na companhia singela do meu tênis, as canções. É o momento do dia em que não estou competindo com ninguém, nem comigo mesmo. Embora o exercício suponha algum esporte, e esporte pressinta medalhas e vencedores, não me interessa, isso é entre mim e eu. Trabalhando em equipe comigo, afinal, estamos correndo para lugar algum, fugindo de ninguém. O único passado para trás aqui é o asfalto duro e seco e áspero e escuro, metáfora pra vida. Correr é uma espécie de transcendência. É meditação, é contemplação, é conexão, é aprender a fruir cada coisa por vez. Nada existe, nenhuma cena, obstáculo ou situação, antes de passar pela vida acontecendo em cada pisada. É avançar sobre o tempo, que a esta altura nem é mais tão importante. Correndo, e só correndo, eu entendo o valor do que não pode ser somado, medido, adulterado, apossado. Eu corro para liberar a droga que retarda minha doença degenerativa que é viver, sentir, ser, ter, estar. Às vezes, outros corredores passam na contramão com aquele meio sorriso de reconhecimento, como planetas desconhecidos se cruzando numa órbita comum, dois asteroides anônimos que optaram pela maratona de um homem só. No entanto, a solidão não me alcança, pois, a passos largos, eu me desligo. Na cooperação de um revezamento, é a vez do corpo se mexer enquanto o cérebro dorme. Ao quebrar a última esquina antes da porta de casa, os pés no freio sustando o percurso, parando na calçada final antes da ducha, corcundando as mãos sobre os joelhos, pingando cachoeiras de satisfação, as pernas bambas tentando seguir sozinhas, é aí que o corpo todo dói a melhor dor do mundo. É o mal vindo para o bem. O latejar de cada músculo, de cada nó de veia, de cada sociedade celular, de cada encaixe de órgão, de cada articulação de classe operária, é um alarme pulsante, um pequeno lembrete para onde você deve voltar amanhã. A ansiedade e a depressão não correm mais que eu, que só sei andar rápido quando não tenho pressa. A favorita do meu MP3 Player para longos percursos é “You Can’t Always Get What You Want”, dos rapazes dos Stones. Você não precisa de análises, conselhos ou guias, quando tudo se resume naquele refrão te dizendo Você não pode ter tudo aquilo que você quer. Mas você pode tentar, às vezes. Nem sempre, por vezes quase nunca, você conseguirá as tralhas materiais que cobiça, o patamar social, ou as pessoas que te fazem bem por perto. Elas podem morrer, afogar-se na inconsciência de um Alzheimer, chafurdar em alguma droga, jogar-se de uma janela alta, ou simplesmente decidir que não querem mais ficar perto de você. Tudo um dia acaba. Assim como o tênis velho que, de tempos em tempos, abre espaço para um com cheiro de novo. Que continuará ensinando – andar não significa perseguir.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

HINO NACIONAL

Ouviram-se nas margens serenas do Ipiranga, gritos fortes e estrondosos de um povo valente, num dia em que o sol brilhava com raios de liberdade. No céu aparecia mais uma pátria com seus próprios domínios, a segurança de uma pátria conquistada com os esforços de seus próprios filhos que lutava em busca de liberdade ou de morte. Seus filhos clamavam: “salve nossa pátria amada”. Quando a liberdade tão sonhada desce à terra, no seu formoso céu nasce a imagem de um brilhante Cruzeiro, Um país enorme por natureza, bonito, forte, corajoso, com grande poder onde o futuro transmite essa grandeza. Brasil terra amada! Entre as várias nações és tu uma outra pátria, delicada mãe dos filhos deste solo brasileiro. Deitado eternamente em berço, vivos, alegres, ao lado do mar sob a luz do céu profundo. Brasil, uma flor da América, iluminado pelo sol do novo mundo, com terras enfeitadas, campos floridos e bosques resistentes, o que faz a vida mais amada. Brasil de amor, símbolo do mundo, sua bandeira apresenta estrelada, com o verde amarelo nos dizendo: paz no futuro! Glória no passado! A justiça é sua arma e teus filhos não fogem à luta, morrem por ela. INTERPRETAÇÃO: Cláudio Wilson dos Santos Pereira (Texto escrito em 1994, nos comemorativo da semana da pátria)

domingo, 26 de agosto de 2012

PESCARIA INESQUECÍVEL

Ele tinha onze anos e, cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago. A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada. O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago. Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada. O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras para trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Eram dez da noite, faltavam apenas duas horas para a abertura da temporada. Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo: Você tem que devolvê-lo, filho. Mas, papai, reclamou o menino. Vai aparecer outro, insistiu o pai. Não tão grande quanto este, choramingou a criança. O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu. E, naquele momento, o menino teve certeza de que jamais veria um peixe tão grande quanto aquele. Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido. O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais. Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite. Porém, sempre vê o mesmo peixe repetidamente todas as vezes que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo e errado. Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos vendo. Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o PEIXE À ÁGUA. James P.

sábado, 9 de junho de 2012

LEI DISTRITAL Nº 4.837 (BULLYING)

Política de conscientização, prevenção e combate ao bullying LEI Nº 4.837, de 22 de maio de 2012. (Autoria do Projeto: Deputado Cristiano Araújo e Agaciel Maia) Dispõe sobre a instituição da política de conscientização, prevenção e combate ao bullying nos estabelecimentos da rede pública e privada de ensino do Distrito Federal e dá outras providências. O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLA¬TIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI: Art. 1º Fica instituída a política de conscientização, prevenção e combate ao bullying nos esta¬belecimentos de ensino das redes pública e privada do Distrito Federal. Art. 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se bullying a violência física ou psicológica, praticada intencionalmente e de maneira continuada, de índole cruel e de cunho intimidador e vexatório, por um ou mais alunos, contra um ou mais colegas em situação de fragilidade, com o objetivo deliberado de agredir, intimidar, humilhar, causar sofrimento e dano físico ou moral à vítima. Art. 3º São considerados práticas de bullying as ações e os comportamentos a seguir descritos, promovidos por aluno ou grupo de alunos: I – agredir física ou psicologicamente, de maneira reiterada, aluno em situação de hipossufici¬ência em relação ao agressor; II – fazer comentário ofensivo à honra e à reputação de aluno ou propalá-lo, inclusive pela internet e por meio de mídias sociais, de maneira a potencializar o dano causado ao estudante ofendido; III – utilizar expressões ofensivas e preconceituosas que revelem intolerância racial, religiosa, sexual, política, cultural e socioeconômica no trato com outros estudantes; IV – praticar, induzir ou incitar o preconceito ou adotar atitudes tendentes a promover o isola¬mento social de aluno; V – perseguir, dominar, tiranizar, incomodar, manipular, agredir, ferir e quebrar pertences de estudantes; VI – danificar, furtar ou roubar bens de alunos; VII – utilizar a internet para incitar a prática de atos de violência física ou psicológica contra alunos. Art. 4º Na hipótese de ocorrência de alguma das práticas descritas nos arts. 2º e 3º desta Lei, a vítima do bullying, seus pais, representantes legais, ou qualquer pessoa que tenha conhecimento dos fatos poderão formalizar a denúncia perante os seguintes órgãos públicos e instituições: I – a direção da escola pública ou privada na qual estejam matriculados os envolvidos na denúncia, sejam autores ou vítimas do bullying; II – a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal; III – o Conselho Tutelar competente; IV – o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; V – a Polícia Civil do Distrito Federal, em caso de atos tipificados como crime pela legislação penal ou ato infracional, conforme disposto na Lei Federal nº 8.069, de 3 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e Adolescente. Art. 5º A direção da escola pública ou privada, ao tomar conhecimento da denúncia de bullying que envolva estudantes sob a sua responsabilidade, instaurará imediatamente procedimento administrativo para apuração dos fatos e das circunstâncias noticiadas, devendo ser concluído o procedimento e adotadas as providências cabíveis no prazo máximo de 20 (vinte) dias corridos. Parágrafo único. O disposto no caput não impede a adoção de medidas administrativas, peda¬gógicas e disciplinares, imediatas e urgentes, pela direção do estabelecimento de ensino, a fim de resguardar a vítima. Art. 6º No âmbito da política de conscientização, prevenção e combate ao bullying na rede escolar pública e privada do Distrito Federal, instituída por esta Lei, fica o Poder Público obrigado a desenvolver as seguintes ações, com o objetivo principal de reduzir a prática da violência nos estabelecimentos de ensino e promover a melhora do desempenho escolar: I – tornar público o debate sobre as principais causas e consequências decorrentes da prática do bullying nos estabelecimentos de ensino; II – realizar pesquisas a fim de identificar os fatores que estimulam e fomentam a prática do bullying nas escolas com vistas à implementação de ações preventivas e repressivas a tal prática; III – capacitar os profissionais da educação pública para a identificação do bullying, possibili¬tando a imediata adoção de medidas administrativas, pedagógicas e disciplinares de desestímulo e combate a tal comportamento; IV – exigir dos estabelecimentos privados de ensino a realização de programas de prevenção ao bullying; V – atender e orientar os envolvidos, seus pais e responsáveis legais, a fim de conscientizá-los sobre as consequências danosas do bullying, além de esclarecê-los sobre as sanções adminis¬trativas e disciplinares; VI – criar mecanismos de envolvimento da família na política de conscientização, prevenção e combate ao bullying; VII – criar registro próprio dos casos de bullying em cada estabelecimento de ensino, de modo a possibilitar o conhecimento e o acompanhamento do problema, proibida a divulgação dessas informações ou de outras que exponham a privacidade de alunos e profissionais da educação, evitando-se a exposição e a estigmatização das pessoas envolvidas; VIII – organizar, em cada escola, conselhos de segurança escolar ou grupos equivalentes, compostos por profissionais da educação, alunos, pais e responsáveis legais, com vistas à realização de seminários, palestras e debates, à distribuição de material didático especializado e à concretização de ações de integração de toda a comunidade escolar na prevenção e no combate ao bullying. Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 22 de maio de 2012. 124º da República e 53º de Brasília AGNELO QUEIROZ

domingo, 3 de junho de 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012

ENQUANTO ESTOU AQUI...

Mensagem Mediúnica de Maria Rita (de Roberto Carlos) Mais uma vez posso falar que eu estou aqui. E, quando eu estou aqui eu sinto esses momentos... lindos ! Enquanto estou aqui, por permissão divina, posso dizer algumas palavras, no intuito de ajudar um pouco... Nas estrada de santos verdadeiros que encontrei aqui, no mundo espiritual, tenho encontrado o alento e o alimento espiritual que meu ser precisava. Embora sabedora do meu destino, pois a doença de que fui acometida me deixava bem racional quanto ao que estava chegando para mim, a formação religiosa que tive não falava das coisas que tenho visto durante esse tempo de experiência no mundo espiritual. Uma doença desse tipo, o câncer, tem muitas explicações sobre as suas causas...e aqueles que o tem em seu corpo não é apenas por um efeito de karma, razão mais lógica e comum, mas também pelo que sentimos em algumas vidas, no sentido da destruição de nossos sonhos. Mas, na maioria das vezes, segundo esses santos todos, que muito me explicaram, há formas de interrupção do fluxo normal de energia, por interferência de pessoas que mexem com magia negra e outros tipos de manipulação nefasta das vidas alheias, como no caso dos abortos. Mas sempre, sempre, em qualquer das situações causais possíveis, o corpo humano que nos foi ofertado nos auxilia a concluirmos nossos últimos resgates, para uma purgação total dos órgãos relacionados ao sentimento com o qual ele se reabastece na vida humana. Francisco Cândido Xavier tem me explicado muitas coisas. Ele, o maior santo que eu conheci na Terra, depois de Jesus Cristo. Nesta semana me incumbiu de uma tarefa que jamais eu pensaria ter. Esta, de falar ao mundo, de forma mais lúcida do que antes, mostrando que a vida continua... E que existe uma seqüência de passos que temos que dar antes que haja um desfecho de ciclo encarnatório na Terra . Eu estou acompanhando a situação dessa minha mais recente morada física e tenho verificado o quanto as pessoas católicas, evangélicas... mais essas que outras, pois há muitas religiões que falam sobre a vida nos planos espirituais... estão despreparadas para avaliarem as questões relativas aos desencarnes dos seres humanos. Os desencarnes em massa, que estou tendo a oportunidade de assistir, daqui, onde ainda estou desde que saí daí pelas vias do rompimento de um cordão fluídico que me ligava ao meu corpo físico, causam uma movimentação intensa aqui neste plano espiritual. Estive junto às equipes de enfermeiros que atenderam os mortos dos deslizamentos de regiões próximas ao Rio de Janeiro, no Brasil. Socorri muitas vítimas... Isso foi emocionante e triste ! Vi que muitas delas chegavam claras e iluminadas... mas a grande maioria se debatia muito, crendo piamente que estavam ainda debaixo dos escombros e da lama. Sentiam dores e gritavam, mas, rapidamente, nós aplicávamos sedativos espirituais feitos nas colônias espirituais, à base de matérias fluídicas das árvores da Terra e dos fluidos daqui mesmo. Chico Xavier está trabalhando muito na área de preparação, planejamento ou promoção espiritual de alguns grupos mediúnicos de cura, para que possam nos ajudar nos próximos resgates de pessoas desencarnadas, não somente as do Brasil, mas de todos os pontos do globo azul. Demorei muitos meses, se for falar em medida de tempo daí de vocês, para me restabelecer totalmente e entender a vida espiritual da forma mais completa e intensa, como a conheço hoje, mesmo que dela eu tivesse as noções mais prioritárias. As sensações de se 'Morrer'... é algo que pode variar muito de pessoa para pessoa. Quanto mais elas estiverem preparadas, melhor será a sua chegada aqui. Mas se houver raciocínios muito radicais fica mais difícil compreender como se processam as coisas no plano astral. Nesse último terremoto que houve hoje, tive a autorização de viajar no aeróbus com muitas equipes socorristas daqui das colônias que ficam acima da nação brasileira. Lá no Japão existem muitas também, mas os procedimentos deles são baseados em técnicas dos mestres budistas, tibetanos e chineses. Então eles têm outras metodologias e aplicam suas técnicas próprias na recuperação dos espíritos das pessoas desencarnadas, tais como agulhas fluídicas, chás fumegantes de ervas astrais, e entoam mantras, em círculos, com essências aromáticas e fumaças de incensos fluídicos, como os que conhecemos aí. Já as equipes de seres espirituais das colônias do astral do Brasil trabalham mais com passes, imposição de mãos, sonoterapia, cores, música e descanso nos jardins. Hoje vim aqui porque é preciso que saibam que qualquer pessoa que desencarna, mesmo não sendo ela muito iluminada, ou famosa, como não sou e acabei ficando, sendo comum, como todo mundo, podem se reerguer, se curar, aprender, se elevar, se iluminar e então auxiliar, em meio a todas as criaturas espirituais de boa vontade que vivem em dimensão astral até as ordens de remoção para outros lugares do universo. Eu fui convidada porque é preciso que eu avise a todos que me puderem entender e a alguns seres especiais para mim, que conheci aí na Terra... que conheci não é exatamente o termo, mas com quem convivi...pois conhecer eu já conhecia, desde há muitos séculos, quando fui a Condessa de Barcelona... que quanto mais se amar e quanto mais se aprender sobre a vida além da vida, tudo ficará mais fácil. Aí na Terra eu reencontrei o rei de outros tempos, mas não de Barcelona, e sim dos prados verdejantes da França nos tempos dos feudos da Europa Ocidental, e também da Grécia, quando fui pitonisa dos templos de Hécate, antes, porém na Babilônia, quando éramos sacerdotes da linhagem de Abraão e, enfim, em muitas outras vidas. Nesta minha última encarnação precisei sanar de meu corpo astral os últimos resquícios da época em que, sem o desejar, por ter sido freira na Itália, ter engravidado de um cavaleiro sedutor, e ter retirado a criança pelas mãos de um outra freira, que vive hoje na Alemanha e está quase a desencarnar de câncer no útero. Ela tem hoje três filhos que a rejeitaram, como conseqüência dos atos que ela praticou nessa vida como parteira e invasora de vidas pequeninas nos corpos das mulheres da época. Tenho a tarefa especial de acompanhar o seu desencarne que está próximo, para que ela não venha a ser levada para os abismos lá de baixo, os lugares que conheci e nunca mais quero ver em minha eternidade de vida espiritual. Ela pode ser levada por eles, porque são muitos os que ela abortou... Esses espíritos às vezes são mais evoluídos e, então, quando são retirados do corpo da mãe podem até ficar incólumes a essa ação, ou seja, sem dores, sem deformidades astrais. Mas, a maioria fica revoltada e com as seqüelas dessas metodologias de se estraçalharem os corpinhos dos fetos humanos. Ela, por ter tido muitos méritos diante dos supremos tribunais divinos, por ter ajudado muitas pessoas, não somente nessa vida atual, mas em algumas outras, pela lembrança que o seu espírito tinha dos atos que havia cometido, tem a sua consciência mais serena e merece ser transladada para hospitais espirituais. No terremoto de hoje, as criaturas que eu, pessoalmente pude atender, ao lado de irmã Sheilla e várias outras enfermeiras espirituais, foram levadas, algumas, para o interior, ou o astral inferior da Terra... infelizmente. Outras foram recolhidas pelos médicos orientais... e ainda outras por nós, pelo fato de elas terem mais ressonância com os tipos de tratamento ocidental, mesmo os espirituais. Os seres espirituais que são superiores a mim explicaram-me, nessa oportunidade que, os que foram para os planos umbralinos, foram pelo fato de serem aliados de legiões trevosas que já os estavam aguardando. Grande parte da população dos países orientais e asiáticos, segundo Francisco Cândido Xavier, são grupos de seres de outras constelações universais. São tribos de seres que vieram fazer um percurso evolutivo aqui na Terra. Segundo ele, o meu amado amigo de fé, agora, Chico Xavier, esses povos tem tido a prova redentora de se suportarem mutuamente, pois que entre eles mesmos, muitos são inimigos ferrenhos. Por isso a superpopulação e os altos índices de suicídio de jovens e outras classes de pessoas, como operários, principalmente. As lutas marciais das regiões onde essas tribos se congregam se conflituam com a sabedoria de outros povos do oriente. Isso se dá pelo fato de que os mestres maiorais desses planetas de onde se originaram terem se oferecido para habitarem as mesmas regiões, ou proximidades, como Índia, Nepal, aquelas todas as regiões que conhecemos como Tibet, Himalaia, Indochina, etc... Muitos mestres despontaram dessas regiões, por terem sido veneráveis missionários a serviço desses povos recalcitrantes, para que se aplacasse as índoles agressivas e ou mercantilistas, que eram a suas características em outros planetas. Mercantilismo no sistema de tecnologias deles trocadas por favores alquímicos. Quero dizer o seguinte: trocavam projetos tecnológicos por mudanças de patamares de poder com auxílio de magia intergaláctica. Isso agora me dita Mestra Nada. Essas áreas, então, como a Indonésia e as ilhas todas daquelas regiões e também a própria Rússia, Afeganistão, Israel, Paquistão e outros povos da Ásia, são áreas de grandes intempéries, pelas enormes provações que terão que redimir essas tribos de outras galáxias. Aqui no Brasil, segundo me informam, tudo dependerá da compreensão do nosso povo sobre todas as orientações que tem sido dada com relação à aplicação dos mananciais da natureza do planeta. A gente vê o quanto tem se brincado ou desacreditado sobre essas orientações, por pareceram fictícias ou insignificantes. Acontece que ao povo brasileiro foi dada a incumbência de zelar pela sua nação, que é a Terra da Santa Cruz. A Terra da Santa Cruz é a terra brasileira que Jesus e Saint Germain estão preparando para a grande acolhida aos povos sofridos do planeta, que, daqui para frente, estarão rumando para cá, antes de maiores abalos sísmicos. Grande parte desses povos que migrarão para cá tem raízes ancestrais também, como as tem milhares de seres brasileiros. Essas raízes ancestrais são fecundas em conhecimento sobre os poderes dos elementos da natureza. É preciso que se conscientizem disso, meus queridos irmãos ! Jesus tem me explicado que Ele inspira a muitas pessoas sobre se locomoverem para regiões onde possam celebrar a natureza. Pensam que Jesus está longe? Ou que fica distante de nós, dos acontecimentos da Terra? Não... Não é impossível falar com Jesus... Ele está muito mais perto de nós do que todos pensam... Ele é bom e carinhoso, pura ternura e vive sorrindo... Eu vi Jesus, esses dias... quando vimos lá da Colônia Nosso Lar que haveria 'prantos e ranger de dentes' em alguma regiões! Ele desceu numa carruagem de luz ao lado de Mestra Nada. Foi ela mesma que hoje me trouxe aqui. Queriam também que eu viesse falar aqui para que a verdade fique bem pertinho da realidade da vida de vocês, ainda encarnados. Quando ele, Jesus, me viu, ele sorriu e me disse assim: Também fui Rei na Terra, filha! Mas aqui somos todos reis... reis sobre si mesmos ! Existe um rei sim, no Brasil, que pode falar às pessoas que o seu Jesus Cristo tem trabalhado muito, por todas as criaturas de seu mundo. -'Falar de mim muito me alegrou sempre, filha. Mas muito me honraria esse rei falar agora sobre o Amor Universal, enquanto esteja aqui... ' Isso é o que eu mais desejava contar a vocês: Eu vi Jesus Cristo! O Rei dos Reis! E o propósito disso foi dizer a um outro rei: - 'Tem ainda um caminho florido, uma estrada de santos, unidos todos pela causa da luz e do amor, pra você conhecer e para chegar a dizer, sob a inspiração e a condução de um deles, do seu grande amigo de fé, um dia, assim como eu mesma falo pra mim aqui: O importante é que eu muito 'Aprendi' ! Deixo pétalas de rosas vermelhas minhas e de Mestra Nada para esse rei, para vocês e para toda a humanidade! Fiquem com Deus! Muito obrigada! Mensagem canalizada por Rosane Amantéa em 11 de março de 2011, em Londrina- Paraná- Brasil.

sábado, 17 de março de 2012

I N D I F E R E N Ç A


"O mundo é um lugar perigoso para se viver, não exatamente por causa das pessoas que são más, mas por causa das pessoas que não fazem nada quanto a isso". (Albert Einstein)

domingo, 26 de fevereiro de 2012

MUITAS COISAS PODEM ESPERAR, A EDUCAÇÃO NÃO.


O mundo encontra-se em constante transformação. Ao mesmo tempo em que presencia-se a crise mundial que assola países cujas economias pareciam inatingíveis até pouco tempo atrás, como nos EUA e nos países Europeus, vislumbramos a ascensão de outras nações tidas anteriormente como países de 3º mundo, e que agora integram a categoria de países em desenvolvimento e, portanto, importantes para o restabelecimento da economia mundial.
No Brasil, as ações do governo federal no sentido de fortalecer a economia do país não acontecem com a mesma velocidade com que se pretende combater as desigualdades sociais, o desemprego, o analfabetismo, a ausência de investimentos significativos na área da educação, a falta de moradia, a corrupção e outras mazelas que atrapalham o desenvolvimento da nação.
Nesse contexto os governos federal e distrital com a conivência de outros parlamentares, parecem não priorizarem a educação e continuam deixando as políticas públicas nessa área, para segundo plano.
A necessidade eminente de se pensar a educação, como um processo capaz de fazer o país caminhar a passos lagos, parece não sensibilizar as autoridades públicas que ainda utilizam-se deste discurso com fins eleitoreiros. Observa-se, timidamente, alguns movimentos isolados de sindicatos e políticos como o senador Cristovam Buarque do Distrito Federal que criou o movimento dos Educacionistas, que consiste na utopia de que o Brasil ofereça educação de qualidade para todos. O Senador vai mais além ao propor que os filhos dos parlamentares estudem em escolas públicas.
Guardadas as devidas proporções e intencionalidades políticas, entende-se que iniciativas, como esta do Senador Cristovam, apontam para novas possibilidades de sensibilizar os parlamentares para a necessidade de se implementar um ensino público e de qualidade na educação básica para que os estudantes possam ter acesso a uma Universidade Pública que busque a excelência acadêmica e, ao mesmo tempo, contribua com a produção de conhecimentos que visam a melhoria da qualidade de vida da população brasileira.
Para analisar estas questões torna-se oportuno fazer-se uso da filosofia da educação para compreender-se como historicamente tem-se pensado a relação entre filosofia, pedagogia e educação, qual a relação existente entre estas áreas do conhecimento e de que forma elas contribuem para reflexões mais profundas que oportunizem ações concretas para melhoria da educação no Brasil.
Antigamente o conhecimento filosófico pertencia somente aos sábios e escolhidos que possuíam um dom especial e que não era acessível a todos. A filosofia, portanto apresentava-se apenas no campo contemplativo. Posteriormente, passou-se a entender a filosofia como importante meio de observar, analisar e intervir em questões complexas da humanidade.
Para educar o homem de um modo sensato e esclarecido, convém saber no que se quer que ele se torne ao educá-lo. Para isso, é necessário indagar qual o seu objetivo existencial: quem ele é, onde está, de onde veio e para onde vai. Questionar qual o significado da vida para o homem é um exercício constante da filosofia e da educação enquanto áreas de conhecimento correlacionadas.
Entende-se a filosofia como um processo de investigação crítica e racional dos princípios fundamentais relacionados ao mundo e ao homem. Para Cornelius Castoriadis, a filosofia é uma forma de conhecer o que ainda está por ser conhecido, para tanto desenvolve a atitude de discutir, refletir e questionar a realidade natural e humana em suas diversas dimensões, sempre buscando um sentido de ser para existências das coisas e de si mesmo no mundo.
A educação, por sua vez, pode ser considerada em dois sentidos: a educação informal ou lata que seria qualquer ato ou experiência que tenha efeito formativo sobre a mente, o caráter ou a capacidade física de um indivíduo. Partindo deste pressuposto a educação nunca termina uma vez que estamos em constante aprendizado. Na acepção formal ou técnica a educação é o processo pelo qual a sociedade por intermédio de escolas, ginásios, colégios, universidades e outras instituições, deliberadamente transmite sua herança cultural de uma geração para outra. Desta forma, a educação é ao mesmo tempo vista como um produto e um processo. Como um produto, é o que recebemos através da instrução ou aprendizagem; como um processo a educação é o ato de educarmos alguém ou de nos educarmos.

Assim como a filosofia geral procura entender a realidade como um todo, a filosofia da educação procura compreender a educação, na sua integridade, interpretando-a por meio de conceitos gerais, suscetíveis de orientarem a escolha de objetivos e diretrizes educativas.
Segundo o texto: filosofia e prática educativa (CASTRO e CABRAL, p.4), historicamente, a filosofia e o exercício do filosofar provocam consequências na prática educativa, posto que vários sistemas e pensamentos filosóficos proporcionaram e proporcionam ainda marcos teóricos aplicados na formação humana, o que se faz sentir na elaboração de teorias pedagógicas que norteiam o processo educativo de forma consistente e direcionado às perspectivas dos contextos sociopolíticos e culturais.
Entende-se que a filosofia educacional depende da filosofia formal porque quase todos os problemas da educação são, no fundo, problemas filosóficos.
Diversos foram os filósofos que contribuíram para proporem questionamentos em torno de questões educativas, pode-se citar entre eles Castiglione, Erasmo, Lutero, Rabelais, Moliére, Montesquieu. Produzindo tratados sobre o ato de ensinar, concepções de educação e de educando, pondo em questão as práticas pedagógicas desenvolvidas na época (CAMBI, 1999).
Com o aumento das produções teóricas na Renascença, a filosofia passou a preocupar-se não só com a destinação do homem mas também com a produção do conhecimento científico.
Segundo CASTRO e CABRAL, outra presença significativa do pensar filosófico na tarefa educativa encontra-se na proposta de transformação de súditos em povo, característica dos ideais da revolução sociopolítica, econômica e cultural por que passa a civilização ocidental a partir do Renascimento e consolida-se na Modernidade.
Posteriormente, percebe-se uma mudança significativa no ensino e na organização do conhecimento que passa a ser aplicado de forma mais sistemática envolvendo todos os elementos pedagógicos necessários para aplicabilidade do processo ensino aprendizagem. Essa atitude é conhecida como a “pedagogização” do conhecimento, que consegue unir o saber com o fazer pedagógicos.
Para a pedagogia não basta apenas ocupar-se em retratar a realidade mas oferecer suporte ao educador e torná-lo consciente do seu ofício e das responsabilidades advindas de sua atividade educacional. Refletir sobre estes processos de forma crítica e buscando soluções possíveis para este desafio é papel da filosofia.

Mesmo com os avanços da psicologia e da sociologia, a educação necessita dos conhecimentos específicos da filosofia da educação objetivando identificar o sentido da educação, questionar e analisar os paradigmas presentes na atualidade e refletir sobre os problemas educacionais buscando soluções eficazes para a práxis pedagógica.
Segundo o CASTRO e CABRAL, a filosofia assume um papel preponderante na formação do educador quando propõe uma ação-reflexão-ação, levando o educador a questionar o fazer pedagógico e o saber-fazer, o que lhe permite sair do senso comum e adotar uma consciência crítica e criativa no exercício da avaliação e reavaliação do trabalho docente.
Esta tarefa parece ser desafiadora frente aos novos paradigmas propostos pela Modernidade e/ ou pela pós-modernidade. Em tempos de incertezas, necessitamos urgentemente buscar na filosofia os fundamentos necessários para questionarmos o sistema educacional vigente, as políticas governamentais, a formação docente, a qualidade do ensino em nosso país, as intenções das avaliações propostas pelo governo e mover ações em nossa prática que possam corroborar para a formação de cidadãos críticos e conscientes do seu papel na sociedade.
A Educação não pode mais esperar sob pena de perpetuar-se as desigualdades sociais, mergulhando-se cada vez mais na ignorância intencionalmente fomentada pelo sistema vigente.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CASTRO, Francislene Santos; CABRAL, Carmen Lúcia de Oliveira. Filosofia e a prática educativa. Texto apresentado na disciplina Filosofia da Educação pela professora Isabel Formiga em fevereiro/ 2012.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

SAMBA ENREDO DA BEIJA-FLOR 2012

São Luís – O Poema Encantado do Maranhão

Autores: J.Veloso, Adilson China, Carlinhos do Detran, Samir Trindade, Serginho Aguiar, JR Beija-Flor, Silvio Romai, Hugo Leal, Gilberto Oliveira, Ricardo Lucena, Thiago Alves e Romulo Presidente.

Tem magia em cada palmeira que brota em seu chão
O homem nativo da terra
Resiste em bravura
A dor da invasão
Do mar vêm três coroas
Irmão seu olhar mareja
No balanço da maré
A maldade não tem fé sangrando os mares
Mensageiro da dor
Liberdade roubou dos meus lugares
Rompendo grilhões, em busca da paz
Na força dos meus ancestrais

Na Casa Nagô a luz de Xangô axé
Mina Jêje em ritual de fé
Chegou de Daomé, chegou de Abeokutá
Toda magia do Vodun e do Orixá

Ê rainha o bumba-meu-boi vem de lá
Eu quero ver o Cazumbá, sem a serpente acordar
Hoje a minha lágrima transborda todo mar
Fonte que a saudade não secou
Ó Ana assombração na carruagem
Os casarões são a imagem
Da história que o tempo guardou
No rádio o reggae do bom
Marrom é o tom da canção
Na terra da encantaria a arte do gênio João

Meu São Luís do Maranhão
Poema Encantado de Amor
Onde canta o sabiá
Hoje canta a Beija-Flor

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O MESTRE, O PROFESSOR E O INSTRUTOR (Fábio Torres)

O Mestre pede aos alunos para ouvirem o barulho da chuva que cai lá fora,

O Professor reclama da chuva que cai lá fora,

O Instrutor não vai trabalhar porque está chovendo.

O Mestre olha para uma conclusão lógica e diz “Aqui começa o conhecimento”, e isto o incomoda,

O Professor olha para uma conclusão lógica e diz “Aqui termina o conhecimento”, e isto o pacifica,

O Instrutor só consegue trabalhar com conclusões lógicas, e isto paga o seu salário.

O Mestre crê que a poesia pode ser ressuscitada no momento em que for asfixiada,

O Professor crê que a poesia pode realmente ter morrido,

O Instrutor só quer saber onde será o enterro, depois de ter rezado para a poesia ter logo se suicidado.

O Mestre ouve, pensa e fala,

O Professor ouve, fala e pensa,

O Instrutor Fala, fala e só fala.

O Mestre cuida da educação e seus interesses,

O Professor cuida do aluno e seus interesses,

O Instrutor cuida dele próprio e seus interesses.

O Mestre se orienta a partir dos que precisam dele e não entenderam o assunto,

O Professor se orienta a partir dos que não precisam dele e que entenderam o assunto,

O Instrutor se desorienta na frente dos que mais precisavam dele, sem saber se entenderam ou não o assunto.

O Mestre demonstra ao aprendiz o valor do erro,

O Professor revela ao aprendiz o valor do acerto,

O Instrutor só se preocupa em acertar.

O Mestre avalia seus alunos para que eles possam se conhecer melhor,

O Professor avalia seus alunos para que possa conhecê-los melhor,

O Instrutor avalia seus alunos para ter uma forma de puni-los.

O Mestre sonha que a educação é possível e acredita,

O Professor acredita que a educação é um sonho,

O Instrutor sonha apenas com o fim da aula